O primeiro passo para engravidar é avaliar a saúde do casal.
Cerca de 34% das mulheres adiaram os planos de engravidar em 2020 por causa da pandemia causada pelo coronavírus, de acordo com a pesquisa do Instituto Guttmacher.
Agora que estamos em 2021, a dúvida dessas mulheres é se é seguro retomar a ideia da gestação.
A dúvida maior ainda é para as mulheres que passariam por algum tratamento de Reprodução Assistida, ainda mais porque em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e as entidades de Reprodução Humana orientaram que os tratamentos de reprodução assistida fossem suspensos no Brasil.
“Agora que vemos sinais de retomada, com chances de termos vacina em breve e também com mais conhecimento sobre o vírus, acredito que essas mulheres possam realizar o sonho em 2021”, diz Cláudia Navarro, especialista em Reprodução Assistida.
A médica lembra ainda que as clínicas estão seguindo rigorosos protocolos para atendimento tanto de tentantes em tratamento de fertilidade, quanto de gestantes.
Além disso, a médica lembra que ainda não existem estudos conclusivos que comprovem a transmissão vertical do vírus, ou seja, a transmissão de mãe para filho dentro do útero. “A comunidade médica ainda estuda os casos de bebês que testaram positivo para Covid, mas ainda não são casos concretos”, diz.
Mas e aí, como ficam os planos para 2021
O primeiro passo para uma gestação em 2021, seja por métodos naturais ou com auxílio da Reprodução Assistida, é avaliar a saúde do casal.
E aqui é preciso investigar histórico médico familiar ou algum problema em alguma gravidez anterior e conversar com o médico sobre os cuidados necessários.
“Ainda estamos no processo de termos vacina contra a Covid. É importante avaliar se aguardar a vacina é algo fundamental para o casal antes de planejar o filho”, comenta especialista em Reprodução Assistida.
Outro ponto que faz muita diferença é a idade. Se a tentante tem mais de 35 anos e está tentando a primeira gestação, ela deve avaliar com o médico a segurança de continuar adiando a gravidez.
Hábitos e alimentação
Ah, se você é tentante, não se esqueça de ter hábitos saudáveis de alimentação, evite consumir bebidas alcoólicas ou drogas, pare de fumar e inicie uma rotina de exercícios.
“Ter um estilo de vida mais saudável contribui para diminuir as chances de malformação fetal e nascimentos prematuros. O cigarro é um veneno para mulheres que desejam engravidar, além de ser fator de risco para as complicações do Coronavírus”, orienta Cláudia Navarro.
A ingestão de ácido fólico também é importante. Se uma mulher tem uma boa quantidade dessa substância, consegue prevenir determinados defeitos congênitos no feto. “O Ácido Fólico vai ajudar na formação fetal. É importante frisar que não se trata de um remédio para tratar infertilidade”, pondera.
Histórico familiar
Ter acesso ao histórico familiar é fundamental. Muitas vezes a paciente não sabe de alguma condição genética que a irmã ou tio tenham.
Com base nestas informações o médio pode encaminhar a paciente para um aconselhamento genético e identificar questões ligadas à perda de bebês ou infertilidade, por exemplo.
Pré-natal
Se a tentante consegue o tão sonhado positivo, é fundamental manter bons hábitos de saúde e visitar o médico regularmente, seguindo protocolos de segurança e muito cuidado com a Covid-19. “Se, após um ano de tentativas para engravidar, o casal continuar sem sucesso, eles devem procurar ajuda de um especialista em reprodução assistida”, conclui Cláudia Navarro.
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