
O estudo sobre amamentação e câncer de mama foi divulgado pela revista médica britânica The Lancet.
A amamentação traz inúmeros benefícios para o bebê e para a mãe. Não é a toa que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o governo brasileiro recomendam a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida das crianças, ou seja, sem água, chás ou sucos.
E se possível, continuar a amamentação até dois anos, como complementação da alimentação.
Mas não é só o bebê que é beneficiado pelo leito materno, a mãe também ganha muito com esta relação de cumplicidade. O ato de amor pode ajudar a prevenir o câncer de mama.
Um estudo publicado pela revista médica britânica The Lancet, realizado com pesquisas epidemiológicas em 30 países, mostrou que quando uma mulher amamenta, o risco de contrair a doença diminui de 4,3% a 6% para cada 12 meses de aleitamento materno.
E tem mais, o aleitamento materno até dois anos ou mais, evitaria a morte de cerca de 20 mil mulheres vitimadas pelo câncer a cada ano.
Esse efeito acontece porque o aleitamento materno cria mecanismos de adaptação e indução no corpo da mulher que auxiliam na prevenção do câncer de mama.
“É nessa fase que a mãe tem um perfil hormonal que induz a maturação das glândulas mamárias tornando as células mais ‘estáveis’ e menos propensas ao desenvolvimento do câncer”, explica a nutricionista que atua no Hospital Materno-Infantil de Barcarena e responsável técnica pelo o Banco de Leite Humano do HMIB, Dra. Anna Turan (HMIB).
As pesquisas apontam que, nesse período, ocorrem trocas de substâncias em que os hormônios agem como fator de proteção em relação ao câncer de mama.
“Esse mecanismo hormonal acontece a partir da estimulação do seio da mãe pela criança. Isso significa que quanto mais a mãe amamentar, mais protegida ela está, pois o tempo de amamentação contribui para uma menor incidência de câncer de mama”, completa a profissional.
Prevenção ao câncer de mama
Mas é importante ressaltar que além de amamentar, a mulher deve realizar o autoexame.
Os exames preventivos, como a mamografia e a consulta com um médico anualmente, principalmente depois dos 40 anos, ajuda no diagnóstico precoce e aumentam as chances de cura.
Mulheres com histórico de câncer de manda na família também precisam ficar atentas e redobrar a prevenção.
Como fazer o autoexame das mamas
O autoexame das mamas é o primeiro passo para um diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura do câncer de mama. Veja como fazer
Na frente do espelho observe os seios com os braços caídos ao lado do corpo, levantados e dobrados atrás do pescoço e com as mãos na bacia. Você deve pressionar o seio para ver se existe alguma alteração.
Também se examine durante o banho. Com o corpo molhado e as mãos ensaboadas, estique os dedos e faça movimentos circulares, de cima para baixo do mamilo até cobrir o seio todo. Depois em linhas retas em direção ao mamilo e por último em linhas retas para cima e para baixo.
Estes movimentos também podem ser feitos com a mulher deitada. Avalie tamanho, a forma e a cor, além de inchaços, saliências e rugosidades.
Se encontrar alguma coisa diferente, procure seu médico.
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