O brasileiro gosta de ter um bichinho
para chamar de seu.
Você sabia que a população de bichinhos de estimação ultrapassa os 139 milhões de animais em 2018? De acordo com o Censo Pet, divulgado pelo Instituto Pet Brasil são cerca de 54,2 milhões de cães; 39,8 milhões de aves; 23,9 milhões de gatos; 19,1 milhões de peixes e 2,3 milhões de répteis e pequenos mamíferos.
É, o brasileiro gosta de ter um bichinho para chamar de seu.
Mas ao mesmo tempo cresce também o número de animais que perdem seus lares. De acordo com a Organização Mundial da Saúde existem mais de 30 milhões de animais abandonados no país, e só na capital de SP são mais de dois milhões.
Os motivos são muitos, entre eles a chegada de um filho. Mas abandonar seu bichinho quando seu bebê chega é realmente necessário?
Para o veterinário Jorge Morais, fundador da rede Animal Place, trata-se de um problema social e cultural. “Falta informação, nem todos buscam entender melhor as necessidades e características do animal”, afirma Morais.
Mas como funciona a convivência?
A convivência entre o bichinho e o bebê é perfeitamente possível e saudável. É preciso ter paciência e vigilância dos tutores.
A enfermeira Caroline Saturno de Deus, de 32 anos, é um exemplo e explica que essa rotina não é tão complicada assim. Mãe da Laura, de 2 anos, ela tem quatro cães da raça Schnauzer – um macho e três fêmeas -, além do gatinho Merlin, que foi encontrado nas ruas.
“Muitas pessoas me perguntavam como eu conseguiria, mas não tive problemas. Só não consigo passear com os cães com a frequência que eu gostaria. Em compensação, eles brincam juntos entre eles e também com a minha filha. Eles a seguem pela casa toda”, conta Caroline.
Ciúmes
Os bichinhos sentem tanto ciúme quanto os humanos, afinal até então eles eram os donos absolutos da casa.
Para driblar o ciúme o veterinário recomenda deixar o cão ou o gato chegar perto da barriga durante a gestação sempre que possível, além de não proibir o acesso do animal ao quarto da criança. “O cão ou gato precisa sentir que participa desse momento e que faz parte da família”, ressalta.
O cuidado maior é na hora da brincadeira. Cães e gatos têm por hábito brincadeiras como correr, pular e se esconder. É preciso levar em consideração a idade da criança e, se forem pequenas, é bom evitar esse tipo de contato.
Outra dica muito importante do especialista é ensinar a criança a não invadir o espaço do animal ou insistir em comportamentos que o incomodem. “E na hora que o animal estiver se alimentando, por exemplo, não é recomendado interagir com ele”, aconselha o veterinário.
Também fique atento às vacinas que os animais precisam receber e cuide da saúde do seu pet, com visitas ao veterinário sempre que necessário.
Com todos esses cuidados, seus filhos, de duas e quatro patas, poderão ter uma linda e longa história de amizade.
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